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Channel: A Voz do Taxista – RÁDIO TERA BYTE
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Uber e a lei de Gerson

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Muito bem colocado, por quem entende de “Inteligência Estratégia” (Jorge Hori) , o aplicativo Uber está explorando uma característica com a qual convivemos muito tempo: o “levar vantagem”.  Esperamos que as autoridades, que usam o decreto para impor os seus próprios interesses, entendam o menosprezo que a Uber tem pela nossa sociedade não respeitando as leis. Mas se não for possível dessa forma então temos que defender as leis na Câmara Municipal, contando com um maior número de vereadores que apoiem os taxistas e, porque não dizer, a própria sociedade quando não percebe que o “levar vantagem” irá prejudicar a todos em um futuro bem próximo.

Carlos Laia
“A Voz do Taxista” na Câmara Municipal de São Paulo – 19.345

 

Uber e a Lei de Gerson

A famosa e execrada publicamente, mas continuada na prática, chamada “Lei de Gerson” voltou amplamente. Repaginada, agora respondendo pelo nome de Uber e disfarçada de modernidade.

A grande diferença do Uber não é a tecnologia do aplicativo. Essa é usada por diversos outros. O grande diferencial do Uber é a sua maciça ação de marketing para obter clientes, fixar sua marca e emergir como o grande símbolo da modernidade.

O problema atual da sua estratégia está na precificação dos serviços, com a prática de dumping, que tem plena aceitação pelos usuários, porque – de momento – estão pagando menos pela corrida. Estão aproveitando a “guerra de preços” para levar vantagem. Afinal, ser esperto, não é levar vantagem em tudo?

Esse dumping está sendo praticado pela exploração dos seus associados.

Quem está arcando com os custos mais altos do que a remuneração, sem a clara noção dessa condição é o motorista urberista. Ele está consumindo o seu carro e a sua saúde. O carro porque a sua remuneração líquida não vai cobrir o custo da depreciação do seu carro quando quiser trocar. Fora o custo da manutenção. E a sua saúde, pelo tempo de trabalho para obter a remuneração e pela sua ansiedade, na disputa por clientes.

Na crise atual, com dificuldade de conseguir emprego ou mesmo outros “bicos”, ser motorista do Uber é uma alternativa de renda, mesmo que seja uma alienação homeopática do patrimônio.

Dentro das circunstâncias atuais, quem ainda tem renda, mas quer economizar, gastando menos, acha que está levando vantagem usando o Uber. E, de momento, está. Não está preocupado com o futuro dos serviços, que – inevitavelmente – se degradarão. Os preços praticados são irreais. Baseados em “pedaladas”. Uma hora serão percebidas pela sociedade.

Fonte:  Inteligência Estratégica – Jorge Hori

http://iejorgehori.blogspot.com.br/2016/09/uber-e-lei-de-gerson.html

 


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