O aplicativo Uber está chegando às capitais do nordeste e do centro oeste e os taxistas do sudeste estão assistindo a repetição dos mesmos erros cometidos nas cidades de São Paulo, Brasília, Rio de janeiro e Belo Horizonte. Diante da experiência que adquiri na luta pela categoria não tenho receio em afirmar que o único remédio ou veneno para a Uber é a regulamentação. Explico:
Primeiro: Faço essa afirmação ao constatar, já não é de hoje, que estamos em uma luta desigual contra o investimento que a Uber faz em propaganda difamatória contra a nossa categoria. Essa propaganda colabora para que possa exercer uma concorrência predatória contra o táxi legal.
Em segundo lugar está claro que a Uber não respeita a legislação e conta com a omissão e prevaricação do poder público.
Regulamentar significa estabelecer as regras para que os taxistas não sofram uma concorrência desleal. Que não seja permitido que o transporte ilegal exerça o dumping que destrua a nossa profissão. Erroneamente, nós do sudeste optamos pelo confronto e pela discussão superficial, sem ir a raiz do problema. Colecionamos derrotas e sofremos consequências desastrosas, agravadas pela crise econômica.
Carlos Laia
“A Voz do Taxista”
Novo Táxi SP – Embarque nessa ideia
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Vereadores dividem opiniões sobre regulamentação da Uber em Natal
Em uma Câmara Municipal lotada pela categoria natalense dos taxistas, a sessão foi marcada pelo debate, mas com vaias para quem subia ao púlpito e defendia a permanência da Uber na cidade, durante a audiência pública de ontem. Pelo menos quatro vezes, o vereador Sandro Pimentel (PSOL), que propôs e presidiu o debate, precisou pedir ordem e calma durante as falas.
Propositor da audiência, Pimentel começou seu discurso dizendo que não se pode generalizar os dois lados: os táxis e a Uber. “Não acho correto a generalização de uma categoria: dizer que todos os taxistastrabalham mal ou que todos os motoristas de Uber são bons profissionais”, afirmou, sendo imediatamente aplaudido pelos presentes.
O vereador do PSOL ainda se disse a favor da chegada de um concorrente para os taxistas, mas regulamentado e em igualdade para promover uma concorrência leal. “Sou a favor da concorrência, mas com igualdade. Todo concorrente que venha tem que ser regulamentado com igualdade”, comentou.
A professora Eleika Bezerra (PSDC) afirmou que é “a favor da livre concorrência”, mas com regulamentação. A opinião é contrária a de outros vereadores, que não se mostram favoráveis sequer à permanência do novo serviço em Natal.
É o caso de Dagô de Andrade (DEM). Ele diz que o “verdadeiro” Uber é a versão “Black”, que tornou o serviço famoso no Brasil e no mundo, com carros pretos importados. “Sou contra porque a Uber de verdade é a Uberonde os motoristas se vestem bem, com aqueles carros novos importados pretos, que oferecem cafezinho. Aqui é a Uber X, de carros velhos de 2008, carro popular. Sou a favor dos taxistas”, declarou o vereador, propositor de um dos projetos que se encontra na Câmara Municipal contra a implementação da Uber.
Para o vereador Fernando Lucena (PT), “não se pode abrir o mercado sem controle. Tem que se apreender os veículos Uber enquanto não se regulamenta”.
Vários táxis ficaram estacionados nos arredores do prédio, na Avenida Campos Sales, e chegaram a bloquear o cruzamento entre a via e a Rua Jundiaí, durante a audiência. Do lado de dentro, representantes da categoria declararam repúdio à Uber.
Presidente em exercício do Sindicato dos Trabalhadores em Táxi do Natal (STTN), José Matias Melo questionou o serviço prestado pela Uber. “Como é isso de carona compartilhada remunerada? É uma concorrência altamente desleal, eles [Uber] não pagam imposto”, reclamou o sindicalista. Matias disse que a categoria vai decidir o que fazer, sobre a liberação oficial da Uber, após reuniões internas.
Fonte: Novo Jornal